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domingo, 11 de fevereiro de 2018

À espera da despedida definitiva

Hoje, dia 11/02/2018, estou numa situação que não desejo a ninguém: sei desde o dia 07/02/2018 que o meu bebê parou de se desenvolver, mas preciso esperar o meu colo do útero abrir para me submeter à AMIU. Meu GO vai me internar na 5a à noite para fazer p procedimento ou antes, caso eu tenha algum sangramento até lá.

Sabem, é uma situação muito estranha e dolorosa. Eu tenho o meu bebê aqui dentro de mim, porém ele não tem mais vida. Ao mesmo tempo que eu o quero para sempre comigo, eu sei que preciso virar a página para tentar descobrir o que aconteceu. Após o procedimento, meu bebê, meu Renatinho, vai ser chamado de "material" e será enviado para análise. E preciso torcer para que ele tenha má formação, pois só assim minha dor será um pouco menor e eu terei a certeza de que o meu tratamento estava dando certo. E preciso torcer também para a má formação seja decorrente da divisão celular e não tenha relação com a minha idade.

A dor da perda é indescritível e só quem passou pela mesma dor sabe como ela é. Só consigo dizer que dói muito.

Enquanto espero pelo sangramento ou pelo procedimento agendado, fica também a preocupação de não expelir meu bebê em casa e perder o "material" para análise. Não posso perdê-lo assim. Não iria conseguir me recuperar da imagem.

Quem me olha hoje não diz que estou grávida. Sim, oficialmente eu ainda estou grávida porque tenho um bebê aqui dentro. Porém minha barriga da qual eu já estava orgulhosa, murchou, meus seios pararam de doer e não sinto mais enjoos nem vontade louca de comer coisas salgadas.

Ontem refiz a ultra, na esperança de que um milagre tivesse ocorrido, mas eu estou numa fase em que eu acho que Deus esqueceu de mim. E ontem, para mim, foi a prova disso.

Em breve volto para contar sobre o procedimento ou sobre mais sentimentos.

Beijos no coração.

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